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Camareira denuncia pagodeiros por abuso sexual

Mais um boletim de ocorrência foi registrado em Aracaju contra integrantes de bandas baianas que se apresentaram na Orla de Atalaia no último fim de semana. Primeiro foi contra um integrante da banda A Bronka, que teria destruído o quarto do Hotel River Side e agredido um funcionário. Depois, foi a vez da camareira do Hotel Tropical prestar queixa contra dois dançarinos da Banda Fantasmão, que teriam tentado abusar sexualmente da funcionária.

“Eu não consigo tirar aquela cena da minha cabeça e o meu pedido aos órgãos públicos do meu estado é que tomem providências para que esses cantores não venham trazer tanta desgraça”, afirma cabisbaixa com um filho no colo e o outro ao lado.

Luci Bernardo contou que para ajudar na renda familiar [o marido é pedreiro], ela está trabalhando há três meses no Hotel Tropical como camareira e que no último sábado, 4, estava arrumando o quarto de um hóspede, quando foi surpreendida pelos pagodeiros Filipe Leoás Máximo Sousa e Edilton Oliveira Sousa pedindo que ela fosse arrumar o quarto deles.

“Eu estava limpando o banheiro e eles entraram pedindo para eu ir arrumar o quarto. Eram umas 15h, pois o hóspede tinha saído para o almoço. Eles queriam que eu fosse arrumar o quarto deles e eu expliquei que já tinha feito isso, mas eles queriam que eu fosse de novo. Eu respondi que não podia, mas que ia falar com a administração, foi quando eles apagaram a luz e eu perguntei o que era aquilo e quando me virei os dois tinham baixado as bermudas de tactel brancas e estavam alterados, partindo para cima de mim”, relata a camareira.

“Pedi pelo amor de Deus que não fizessem nada comigo, pensava em mim, nos meus filhos, no meu marido, na minha família e disse que ia gritar. Eles saíram e trancaram a porta do quarto por fora. Pelo telefone do quarto eu liguei para a recepção e comuniquei que os dois hóspedes queriam me estuprar, disse que estava trancada e em seguida liguei para a polícia”, afirma.

Luci Bernardo prestou queixa na Delegacia de Turismo, quando relatou o episódio e agora pede justiça.

“Eu não me conformo. Sou uma mulher casada e mesmo que não fosse, estava trabalhando, fui educada com eles e não entendo porque fizeram aquilo comigo. Se eu não digo que ia gritar, não sei nem o que podia ter acontecido. Estou muito nervosa, envergonhada, assustada e quero providências. Até mesmo o motorista do ônibus deles disse que não é a primeira vez que isso acontece”, enfatiza Luci Bernardo.

Produção

Por telefone, o produtor da banda de pagode Fantasmão, Franco Daniele, informou que conversou com os dançarinos, com os policiais e com a camareira para saber o que aconteceu. “Eu fiz questão de ficar até o domingo no hotel esperando ela chegar para ouvir a versão dela, pois os dançarinos contaram que jamais tentaram agarrá-la e que não estavam excitados. Eles contaram que ela e outra colega ficaram tirando ‘leras’ com eles, dizendo que são bonitões, mas que nem encostaram nelas. Eu sou policial civil concursado em Sergipe e fui o primeiro a dizer a ela que ficasse à vontade para chamar a polícia, ela também não me disse que eles tinham tirado as bermudas. Um deles está na banda há três anos e nunca tivemos problemas”, garante.

Quanto a informação de que o motorista do ônibus teria dito não ser a primeira vez, Franco Danielle foi enfático: “Nós não temos ônibus, contratamos de uma empresa e nunca é o mesmo motorista. A certeza é que é tudo suposição. Ficou parecendo que ela queria ganhar alguma coisa, aquela coisa de extorsão. Eu nunca ia permitir alguém na banda com esse comportamento, eu tenho filhas, minha esposa estava comigo”, complementa.
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