Anonymous derruba site da Justiça Federal de Sergipe após bloqueio do WhatsApp
(Foto: Divulgação) |
Anonymous Brasil derrubou nesta segunda-feira (02/05) os sites da Justiça Federal e do Tribunal de Justiça de Sergipe. Em nota, o grupo anunciou o ataque após o bloqueio do WhatsApp por 72 horas.
"A #OpStopBlocking surge nesse momento como um protesto frente ao bloqueio do WhatsApp determinado pelo juiz Marcel Montalvão, de Sergipe. O juiz determinou a suspensão do serviço de comunicação devido a uma investigação policial de tráfico internacional de drogas. O objetivo para tal atitude é até louvável, mas essa determinação esconde por trás dois fatores interessantes.
Um deles é da impossibilidade do WhatsApp entregar as conversas descriptografadas para a polícia, devido ao tipo de tecnologia que o aplicativo usa (P2P). Isso já é sabido pelas autoridades há muito tempo, o que nos leva a crer, consequentemente, no segundo fator.
Ficou claro e óbvio que tal medida visa restringir as medidas tomadas em prol da liberdade e da privacidade que os novos meios de comunicação nos trouxeram. O governo está forçando que empresas como o WhatsApp passem a armazenar o conteúdo das mensagens trocadas pelo aplicativo em sua forma plena e clara, restringindo seriamente nossos direitos básicos à privacidade.
Especialistas da área do Direito Eletrônico e de TI dizem que a decisão foi tomada com base no Marco Civil da Internet, que foi supostamente desenvolvido para estabelecer regras claras para o funcionamento da Internet e impedir que esse tipo de medida abusiva de suspensão de serviço fosse praticada. A medida tomada pelo Juiz, no entanto, tem respaldo sim no Marco Civil da Internet. Se o WhatsApp ficará bloqueado por 72h, assim será também então com o site do Tribunal de Justiça de Sergipe, em forma de protesto pelos motivos expostos. Não nos calarão". - Anonymous Brasil
As operadoras (TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel) já foram notificadas e informaram que vão cumprir a determinação. Em caso de descumprimento, estarão sujeitas a multa diária de R$ 500 mil. O magistrado atendeu a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal, que foi endossado por parecer do Ministério Público. O Facebook, dono do WhatsApp, não cumpriu uma decisão judicial anterior de compartilhar informações que subsidiariam uma investigação criminal.
Em Março
O mesmo juiz mandou prender o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan. A empresa não teria colaborado com investigações da Polícia Federal a respeito de conversas no WhatsApp em processo de tráfico de drogas.
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