Sargento adotou criança que nasceu dentro de viatura; mãe biológica era usuária de drogas
(Foto: Divulgação / PM) |
Se prepare para conhecer a linda história de adoção protagonizada pela sargento da Polícia Militar de Sergipe, Simone Linhares.
No dia 12 de dezembro de 2009, por volta das 14h, a sargento estava patrulhando, próximo à avenida Euclides Figueiredo, em Aracaju (SE), quando avistou uma mulher grávida em via pública, em trabalho de parto. Ela se aproximou e ofereceu ajuda. Conduziu a mulher, no veículo da Radiopatrulha, até a maternidade Nossa Senhora de Lourdes, mas ela acabou dando à luz dentro da viatura.
Na maternidade, a mãe biológica pediu para o guarda chamar a sargento e disse que não teria interesse em ficar com a criança e que a menina era da sargento. Após receber alta, Simone deixou a mãe em casa e se dirigiu com a criança ao Fórum da Infância e da Juventude.
A assistente social informou-lhe que ela teria de perder a criança para o primeiro casal da fila de adoção ou poderia assumir o risco de passar um mês com a recém-nascida e sofrer consequências futuras. “Eu preferi correr o risco, apesar de a menina ter sido fruto de uma mulher que usava droga, álcool e era prostituta”, revelou a sargento, que precisou entrar na fila de adoção e constituir advogado, uma vez que a Justiça exigia da adotante residência fixa, emprego fixo e um esposo.
“Por eu ser separada e não ter marido, a juíza achou um problema. Então eu perguntei a um amigo casado, que já era pai de quatro filhos, se ele poderia ser o pai de minha filha. Ele não pensou duas vezes: dirigiu-se ao fórum e hoje ele é o pai da minha filha, do mesmo jeito que eu sou a mãe. Foram muitos os entraves até que a adoção fosse legalizada”, lembrou Simone Linhares, emocionada. Devido à mãe ser usuária de tais substâncias, a menina nasceu com resíduos no corpo, apresentando desmaios, tremedeiras e sustos frequentes. “Eu não entendia, a princípio, os motivos dessas reações, até que a pediatra me orientou a procurar um centro de tratamento para crianças que são geradas por mães usuárias de drogas, no bairro Siqueira Campos, em Aracaju. Eu fui por 15 dias, mas como não gostei, optei por cuidar dela com o pediatra, desintoxicando a corrente sanguínea dela até os três anos de idade”, explicou.
Atualmente Samara tem uma vida normal, estuda na 1ª série em uma escola da rede particular da capital e é uma aluna exemplar. Divide o lar com sua mãe e o irmão Hilton Linhares Neto, de 17 anos, estudante do 3º ano na mesma escola.
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