Armado, policial civil agride e ameaça funcionário do Ceac Rodoviária

(Foto: Internauta / Você Repórter) 

Um recepcionista do Centro de Atendimento ao Cidadão (CEAC), localizado no Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite, em Aracaju (SE), foi agredido e ameaçado por um policial civil na tarde desta terça-feira (06/05), por volta das 14h40.

O policial, que estava à paisana, aguardava atendimento para o IPESAÚDE, quando o sistema central ficou fora. O acusado seguiu em direção ao recepcionista e perguntou se não iria ser atendido. O funcionário explicou a situação e informou ao policial que poderia fazer a reclamação na sala da diretoria ou no setor do IPESAÚDE.

Bastante irritado, o policial segurou a arma, que estava localizada na cintura, e perguntou o nome do funcionário por várias vezes. "E agora como eu vou ficar? Como é o seu nome rapaz?", perguntou.

Com medo da reação do homem, que não tinha se identificado como policial, a vítima disse um nome falso, mas o policial descobriu e começaram as ameaças. "Ele me segurou pela camisa, segurou na arma, saiu me arrastando e no meio do caminho desferiu dois socos na minha barriga e tentou me enforcar", conta.

Indignados com a cena, a população começou a ameaçar o policial, que tentou levar o funcionário para fora da unidade, mas foi impedido por uma segurança. "Se ele sair daqui, você vai ser linchado", gritou a população.

Uma diretora do Ceac tentou conversar com o policial, mas foi empurrada por duas vezes. A polícia foi acionada, e todos os envolvidos foram encaminhados para a delegacia, onde foi constatado que o policial já responde a processo administrativo. A Corregedoria de Polícia Civil foi acionada e dois Boletins de Ocorrência foram registrados. A diretora do Ceac e mais duas testemunhas vão para a Corregedoria nesta quarta-feira (07/05)  prestar esclarecimentos.

Nota Corregedoria da Polícia Civil

A Corregedoria da Polícia Civil já foi acionada. O policial e o funcionário do CEAC já foram ouvidos através de depoimento prestado na sede da Corregedoria. De acordo com o policial, após ser mal atendido ele perguntou o nome do servidor que informou um outro nome, sendo chamando a atenção por uma colega que destacou que não se tratava do seu nome. O servidor ainda afirmou que passava o nome que desejasse e poderia até se chamar Luis Inácio Lula. O policial, então, irritado afirmou que iria conduzi-lo a uma delegacia, fato que não aconteceu após a intervenção de alguns funcionários e usuários que estavam no local.

A versão apresentada pelo funcionário do CEAC é outra e por conta disso a Corregedoria irá intimar outros funcionários que estavam no momento da confusão para confrontar as informações e se chegar a realidade dos fatos. Caso seja confirmado a versão do funcionário do CEAC o policial responderá pelo crime de vias de fato na esfera criminal e a Corregedoria irá analisar a possibilidade de abertura de processo administrativo. Vale ressaltar que o policial responde a um procedimento relacionado a uma colisão de viatura.