Jornalista sergipano lança livro com história contada em Capela
"Cirandas de Contar ... e quem quiser que conte outras", do jornalista e escritor sergipano Rafael Souza Silva
O escritor e jornalista sergipano Rafael Souza Silva lança em Santos, cidade do estado de São Paulo, onde vive, seu novo livro: “Cirandas de Contar ... e quem quiser que conte outras”.
Autor de "Controle remoto de papel – O efeito do zapping no jornalismo impresso diário", "Diagramação – Planejamento visual gráfico na comunicação impressa" e organizador de "Discursos simbólicos da mídia", literatura voltada para a área de comunicação, Rafael desta vez resolveu contar histórias.
O livro "Cirandas de Contar", com suas doze histórias, se reporta à infância e adolescência de um menino nascido em Capela, pequena cidade sergipana. Rafael conta histórias que nos levam a um universo às vezes real às vezes irreal. Mas sempre descrito de uma forma clara, concisa como convém a um jornalista-escritor.
Em "Cirandas de Contar" Rafael universalizou uma temática que, mesmo situada em Capela, poderia ter acontecido em qualquer outro lugar do Brasil. São histórias de vidas vividas, de vidas morridas, de vidas que nos fazem conhecer como era a vida de um garoto, de sua família, de seus amigos, em um Brasil interiorano.
Por que mais você deve ler "Cirandas de Contar ... e quem quiser que conte outras"? Talvez você vá se encontrar em alguma personagem (a misteriosa cigana Esmeralda, por exemplo), em alguma situação (o hilário velório da tia Leonora). Talvez você vá querer saber o que é uma Macambira ou por que Quilim é uma personagem universal ou ainda por que comer mariola é muito bom. Ou simplesmente porque boas histórias são para serem lidas e ... contadas.
Pequena entrevista com o capelense Rafael Souza Silva
Rafael nasceu em Capela em 1947. Aos 14 anos, com os pais e uma das irmãs, foi morar em Santos para juntar-se aos irmãos, que já viviam nessa cidade do litoral do estado de São Paulo. Foi o início de um sonho alimentado por quase uma década, pela vontade de viver próximo de alguns irmãos e também poder ter acesso a estudos.
Como foi para um garoto de 14 anos ir para uma cidade completamente diferente de Capela?

Rafael – Um grande sonho realizado. Mesmo deixando para trás os meus amigos de infância, alguns primos e tios, vizinhos inesquecíveis e, acima de tudo, minhas raízes e referências culturais, passar a viver numa cidade “grande” como Santos, era um sonho acalentado há muitos anos. E mais ainda: conhecer e conviver com a maioria dos parentes que já viviam em Santos e cidades vizinhas foi um exercício de renovação e de um novo universo familiar. Enfim, Santos foi apaixonante à primeira vista e a cidade onde acabei de ser criado e alçar grandes voos. Nela ganhei novas amizades, me fiz homem, um profissional da prática e do ensino do jornalismo e um incansável amante das letras. Nela, casei-me com uma santista extraordinária com quem convivo maravilhosamente desde 1979 e o local que escolhemos para viver até o último dos nossos dias.
Quanto tempo depois você voltou a visitar Capela e o que sentiu?
Rafael - Uma emoção extraordinária. Dessa vez, os sonhos se inverteram. Meu primeiro retorno foi em 1970, exatamente oito anos após a minha partida. Durante esses primeiros anos de ausência da minha cidade natal, voltar a Capela aos 22 anos, deu-me a certeza de quanto eu necessitava ainda de me alimentar de minhas raízes com as lembranças de minha terra; sem qualquer sentimento bairrista, porque Santos já era parte indispensável do meu novo viver. Rever os amigos de infância, os vizinhos de convivência quase familiar me arrebataram a um recente passado de infantis e fantasiosas recordações. Como foi emocionante rever, sentir os aromas e sabores daquela pequena cidade...
Sua vivência em Capela até os seus 14 anos de alguma forma influenciou a formação de sua personalidade?
Rafael - Sem qualquer sombra de dúvida, foi em Capela que recebi dos meus pais todos os conceitos morais, éticos e espirituais que influenciaram decisivamente na formação de minha personalidade e do meu caráter como homem e cidadão do mundo. Devo e agradeço à minha família a sólida e rígida educação familiar, sempre em perfeita harmonia com o afeto e a ternura.
O que Capela representa para você hoje?
Rafael - Hoje, Capela representa as raízes culturais de minha infância que brotaram e ainda brotam novos encantamentos viçosos a cada visita que nela faço. Tenho muito orgulho de ser Capelense, um sergipano como qualquer outro nordestino; um cidadão brasileiro e do mundo. O que me permite viajar e homenagear nas doze histórias refletidas no livro Cirandas de Contar ...e quem quiser que conte outras, a dimensão exata de minha gratidão e inesgotável paixão.
Você ainda tem família morando em Capela?
Rafael - Um tio e alguns queridos primos, por parte de minha mãe, inesquecíveis companheiros de minha infância, hoje personagens indispensáveis na composição de minhas histórias. Nelas, a ficção e a realidade estão mescladas, transformando Capela num cenário mágico entre o real e o imaginário.
O livro pode ser encomendado na Editora Comunnicar (Rua Carvalho de Mendonça, 143, cj. 14 – Santos-SP – Tel. (13) 3224-8633) ou por meio do e-mail: souzasilva22@gmail.com
Sônia da Costa
Assessora de imprensa
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