Entrevista com o poeta gloriense Ramon Diego
“Onde está/A poesia? Indaga-se/Por toda parte./E a poesia vai a esquina comprar jornal” Ferreira Gullar
Hoje iremos expor uma entrevista feita com o poeta gloriense Ramon Diego, que tem se destacado em seus poemas em saraus. Seus poemas refletem uma sensação de consciência e ao mesmo tempo inquietude com o mundo. “A poesia é uma forma de estar consciente no mundo.” (Ramon Diego). O poeta também é membro da AGL (Academia Gloriense de Letras) a primeira academia de letras do interior do estado. O poeta se prepara para lançar um livro de poemas em breve.
Por qual motivo você escreve Ramon?
Sabe, poeta Edivan, as coisas tem se tornado tão rápidas no mundo todo, eu creio que não sei por qual motivo eu escrevo, mas penso que se houvesse um, seria para que, através da minha poesia, eu pudesse ter um tempo para a reflexão sobre as coisas do mundo. É uma linguagem minha através da qual o meu raciocínio flui, entende?
O que é um poeta?
Alguém tentando ser.
Qual é a sua ideia de poema perfeito?
Não existe poema perfeito, as coisas brincam em toda linguagem, a perfeição tem que ser seguida como perspectiva, embora nunca possa ser alcançada.
O que faria uma pessoa ler você?
Benedito Nunes falou que "Existir para o homem já é encontrar um espaço para si", eu acho que ler se assemelha a isso, ler é encontrar um espaço pra si ad infinitum.
Eu não sei por qual motivo alguém me leria. Talvez enquanto leitor eu me lesse pelo simples fato de escrever a Literatura que acredito e que gosto, uma literatura cínica.
Qual o principal empecilho pra um poeta sergipano na atualidade? Quais dificuldades a escrita literária enfrenta?
A poesia já está sendo pouco lida, Sergipe se consagrou recentemente com o Jabuti de Dal Farra, ótima poeta, embora eu ainda pense que existe uma falta divulgação do trabalho do escritor.
Por Edivan Santtos


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