Estelionatário é preso acusado de aplicar golpes em correntistas de banco
Policiais do Departamento de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP) da Polícia Civil prenderam no final da tarde desta quarta-feira, 12, no Centro de Aracaju, o paraense Golias Gomes do Nascimento, 45 anos, acusado de aplicar golpes em correntistas de bancos de várias cidades do país.
Segundo a delegada Maria Pureza, a investigação para prender o estelionatário inciou há alguns dias depois que uma instituição financeira do Estado desconfiou da abertura de oito contas bancárias pela mesma pessoa, porém com identidades diferentes. O banco acionou a polícia, que descobriu toda a farsa montada pelo paraense, que em outubro deste ano disputou e perdeu um mandado de vereador nas eleições municipais da cidade da Ananindeua (PA).
A polícia já sabe que para o golpe ter sucesso o estelionatário tinha que ter dados privilegiados de bons clientes de instituições bancárias. “Ele tomava empréstimo em determinado banco com o nome de outra pessoa e assim que o valor solicitado era aprovado informava à instituição que o dinheiro deveria ser depositado em determinada conta, ou seja, a conta que ele já tinha aberto em outro banco com os documentos falsos”, explicou Pureza.
Depois que o dinheiro era depositado, Golias ia até o caixa e esvaziava a conta. “As oito contas que seriam abertas por ele aqui no Estado tinham exatamente esta destinação”, contou a delegada. Golias foi preso no momento em que tentava sacar R$ 13 mil de um banco instalado no Centro da capital.
Um rastreamento minucioso já foi feito em várias instituições bancárias. Até o momento, os bancos lesados pelo estelionatário conseguiram bloquear R$ 160 mil após o alerta da polícia sergipana. “Encontramos com ele cerca de R$ 4.500 e três identidades falsificadas. Vale ressaltar que os empréstimos eram tomados em nome de pessoas reais, que tiveram seus dados pessoais e bancários furtados por uma quadrilha, que Golias é um dos integrantes”, disse Pureza.
Golias Gomes vai responder pelos crimes de estelionato, uso de documento falso e falsidade ideológica. “A polícia ainda não sabe o tamanho do prejuízo das instituições bancárias, mas a única certeza é que os clientes enganados não irão ficar com o prejuízo porque o erro foi do banco e não do correntista”, ressaltou Pureza.
SSP/SE
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