Deficientes visuais terão sessão especial em mostra de cinema

Deficientes visuais poderão sair de suas casas para uma tarde plena de lazer e inclusão. Na próxima quinta- feira, 13, às 16h, eles poderão participar da Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul, que propiciará sessões de audiodescrição para este público. Por meio de sons e narração os deficientes visuais poderão compreender de forma minuciosa os filmes. À Margem, Extremos e Pontos Fortes, que serão exibidos no Museu da Gente Sergipana. Cerca de 50 deficientes visuais devem comparecer ao evento.

Para quem quiser assistir aos filmes em audiodescrição, terá seus olhos vendados com um tecido para que possa ouvir e sentir as mesmas sensações que os deficientes visuais. Certamente uma experiência inesquecível.

Josivaldo Silva de Jesus é deficiente visual e espera com expectativa o momento das sessões. “É uma oportunidade única porque infelizmente não faz parte de nossa rotina poder ir ao cinema e compreender as mensagens visuais que os filmes transitem, e isso será possível pela audiodescrição. Ano passado mais de trinta cegos foram à Mostra e a expectativa desta quinta é mobilizar ainda mais, será emocionante”, comemora Josivaldo.

Mostra

Realizada desde o último dia 8, o objetivo da Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul é levar a oportunidade de promover debates a cerca das diversas temáticas que envolvem os direitos humanos. Em Sergipe, a Mostra conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual dos Direitos Humanos e da Cidadania (Sedhuc), e coordenador e produtor geral, Mário Eugênio. Em sua 7º edição, o evento é uma idealização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, por meio da cinemateca brasileira. O projeto vem sendo realizado em 26 capitais.

Filmes que serão exibidos em audiodescrição:

À Margem da Imagem

Às 16h

Direito da População em Situação de Rua

Classificação indicativa: 10 anos

Sinopse: Um painel sobre as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua de São Paulo, abordando temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade, degradação urbana, identidade e cidadania. O filme também trabalha a questão do roubo da imagem dessas comunidades, promovendo, assim, uma discussão ética dos processos de estetização da miséria.

Extremos

Às 16h

Classificação indicativa: 10 anos

Cidadania

João Freire

Brasil, 24 min., 2011, doc.

Inadequados para menores de 10 anos, pessoa em situação de degradação.

Sinopse: Na Vila Estrutural, comunidade situada no Distrito Federal, os moradores não têm seus direitos básicos garantidos, e lá não existem condições para mudar a situação. Como contraponto, é apresentado o bairro de Santo Amaro, em Recife, que no passado recente enfrentou problemas semelhantes e conseguiu transformar esse quadro graças à parceria entre sociedade e poder público.

Santo Forte

Às 18h

Diversidade Religiosa | Igualdade Racial

Classificação indicativa: 12 anos

Eduardo Coutinho

Brasil, 80 min., 1999, doc.

Inadequados para menores de 12 anos

Sinopse: Em 5 de outubro de 1997, uma equipe de cinema entra na favela Vila Parque da Cidade, na Zona Sul, do Rio de Janeiro. Os moradores assistem à missa celebrada pelo papa no aterro do flamengo. Em dezembro, a equipe retorna para descobrir como os moradores vivem a experiência religiosa.

ASN