Polícia retira famílias de casas no Bairro 17 de Março
As famílias que ocuparam as casas inacabadas no bairro 17 Março, há cerca de três dias, tiveram que desocupá-las. Em uma reunião ocorrida na manhã desta terça-feira, 6, na Unidade de Atendimento da Assistência Social, o CRAS do Bairro Santa Maria, os ânimos se exaltaram, quando o secretário Bosco Rolemberg, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) foi enfático ao afirmar que as famílias deviam sair das casas e aguardar pelos meios legais para que cada morador as receba. Revoltada, a população não aceitou a explicação e se dirigiu para as casas prometendo resistência.
Bosco Rolemberg esclareceu que não há justificativa para a invasão das casas. “Nós reafirmamos nossa política habitacional, nada justificativa essa ocupação. As casas estão em processo de recuperação. O sorteio será realizado e a entrega das casas serão feitas e eles receberão o auxílio residência até que as residências sejam entregues”, disse.
Sob um forte esquema policial, os ocupantes foram retirados. Durante a ação da policia, mulheres com crianças foram retiradas à força. Alguns moradores não resistiram e saíram pacificamente. Duas mulheres passaram mal e uma delas foi socorrida pela viatura da Guarda Municipal e levada ao hospital.
O líder comunitário, Valter Duarte, explicou que a situação é conflitante, uma vez que as casas estariam sendo vendidas e os verdadeiros beneficiados não as teriam recebido ainda. “Bosco já avisou que vai botar a polícia para tirar os moradores e eles não podem fazer isso. Ele foi truculento em dizer que as pessoas terão mesmo que sair. Não houve acordo e a população vai voltar a invadir as residências”, disse.
Retirada
No comando da operação, o Major Edenisson informou que a ordem é para desocupar as casas ainda hoje. Segundo ele, a retirada será de forma pacífica, mas de forma imediata. “Nós vamos desocupar essas residências até o final do dia. Queremos fazê-lo de forma pacífica e tranquila”, esperou.
Mas não foi que aconteceu, a população deu inicio a uma onda de revolta, quando os policias tentaram retirar da residência três mulheres que estavam com crianças de colo. Uma delas alegou ter sido machucada no braço. “Estamos sendo humilhados aqui. Como pode o poder público nos tratar desse jeito? Essas casas teriam que ter sido entregues há tempo, mas eles não colocam pessoas para concluir as obras”, reclamou a dona de casa Uiliane Santos.
Por Eliene Andrade da Infonet
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