Marcelino Freire ministra oficina de dramaturgia
“O escritor é aquele que inaugura um olhar para as coisas”. Foi com essa frase que o escritor pernambucano Marcelino Freire iniciou manhã desta terça-feira, 6, a oficina de dramaturgia, última da série oferecida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), Sebrae e Sesc, e que faz parte do Programa Nacional de Oficinas da Funarte. Ao todo foram oferecidas quatro oficinas nas áreas de iluminação, sonorização, cenografia e dramaturgia.
Marcelino Freire é um renomado escritor pernambucano que trouxe toda a sua experiência de mais de 30 anos de carreira para compartilhar com os artistas sergipanos. Ele já escreveu diversos livros, principalmente de contos, e foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2006 com o livro 'Contos Negreiros'. Marcelino é um dos escritores mais influentes da chamada ‘geração 90’, e organiza anualmente, em São Paulo, a Balada Literária, evento que mistura mesas de de bates e lançamentos de livros com festas em bares do bairro Vila Madalena.
“Fico muito feliz em vir a Sergipe ministrar esse curso, e ainda mais satisfeito por ser nesse Estado, que mostrou de certa forma meu trabalho para o Brasil, visto que foi uma companhia aqui de Sergipe, a Caixa Cênica, a primeira que adaptou meus contos para o teatro”, destacou o escritor.
O secretário de Estado da Cultura em exercício, Marcelo Rangel, compareceu à abertura da oficina e falou a respeito da sua satisfação em ver o sucesso da série de cursos oferecidos pela Secult e Funarte. “É muito bacana ver a receptividade que os artistas tiveram com essas oficinas. As artes cênicas são constituídas de diversas habilidades e técnicas, portanto não basta ser um bom artista, é preciso um conjunto de coisas, e foi isso que buscamos aprimorar nas pessoas que passaram as últimas semanas nessas oficinas”, observou.
Marcelo reforçou ainda que as oficinas só foram possíveis graças ao esforço da Secult e dos parceiros engajados nos projetos de capacitação que são realizados pela pasta ao longo do ano. “Tudo isso é um esforço muito grande da Secult, que através dos Projetos Sergipe em Cena e Birô Cultural, vem capacitando os agentes para que eles possam estar bem mais preparados no Festival de Teatro, e assim possam oferecer um produto ainda melhor ao público do nosso Estado”, finalizou.
Artistas elogiam a iniciativa
Entre o público que participou do curso a satisfação é unânime. Atores, produtores, bailarinos e muitos outros profissionais das artes cênicas puderam conhecer mais de perto algumas áreas específicas das artes cênicas. O ator Adriano Souza, da Companhia Cobras e Lagartos, por exemplo, elogiou a realização das oficinas e a escolha dos oficineiros que foram contratados.
“Lá no meu grupo, duas pessoas fizeram cada um dos cursos, o que de certa forma, proporcionou que todos se capacitassem na área que mais gosta. Eu, por exemplo, escolhi a de dramaturgia e estou muito satisfeito com o que vi até agora”, assegurou Adriano.
Já a atriz Diane Veloso, do grupo Caixa Cênica, também não escondia sua satisfação com o curso. Ela que se diz fã do trabalho de Marcelino Freire, está extasiada com a participação na oficina. “Acredito que ações assim são muito válidas e faz com que nós, artistas sergipanos, possamos nos capacitar ainda mais. Nós precisamos desse suporte técnico e teórico, que só com oficinas são possíveis”, argumentou.
Fonte: Ascom Secult
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