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João Alves teve R$ 3,7 MI em doações ocultas

Na primeira eleição da era da Ficha Limpa e da Lei de Acesso à Informação, faltou transparência nas doações de campanha nas disputas municipais. Dos R$ 75,5 milhões arrecadados pelos nove prefeitos de capital eleitos em primeiro turno, R$ 57 milhões (75%) tiveram origem oculta. Esse montante foi atribuído pelos candidatos eleitos a repasses dos comitês financeiros e aos diretórios de seus partidos políticos.

Apesar de os comitês e os diretórios também serem obrigados a informar de quem receberam, não é possível precisar o destino final da doação, já que os recursos são pulverizados entre diversos candidatos. Na prática, as prestações de contas apresentadas pelo conjunto desses nove prefeitos eleitos só permitem identificar os doadores de 25% de todo o dinheiro repassado aos candidatos.

Veja como foram as doações nas nove capitais em que a eleição para prefeito foi decidida já no primeiro turno:

Prefeito eleito   Partido Capital   Doações ocultas Total Doações ocultas (%)
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Teresa Surita     PMDB    Boa Vista    R$ 1.960.000,00     R$ 1.960.000,00 100%

Fortunati            PDT        Porto Alegre   R$ 6.093.108,75   R$ 6.247.184,32 98%

João Alves       DEM       Aracaju         R$ 3.737.280,50   R$ 4.038.400,10 93%

Eduardo Paes    PMDB    Rio de Janeiro   R$ 18.792.463,10   R$ 21.208.741,10 89%

Rui Palmeira       PSDB     Maceió             R$ 3.173.066           R$ 3.741.116 85%

Márcio Lacerda   PSB      Belo Horizonte  R$ 15.386.270,37    R$ 21.541.720,37 71%

Paulo Garcia        PT        Goiânia              R$ 3.852.500            R$ 5.601.221,70 69%

Geraldo Júlio        PSB       Recife              R$ 3.608.000             R$ 7.184.213,62 50% 

Carlos Amastha     PP       Palmas              R$ 408.950,54           R$ 4.005.164,20 10%

Total R$ 57.011.639 R$ 75.527.761 75%

Com informações do Congresso em Foco
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