Pescador é assassinado no leito do rio São Francisco
O pescador Rogério Góes dos Santos, 25, foi assassinado com um tiro no peito e teve o corpo jogado no rio São Francisco, no município de Ilha das Flores, distante 134 quilômetros de Aracaju. A vítima saiu para pescar na noite da segunda-feira, 22, e o corpo só foi encontrado na tarde da quarta-feira, 24, no fundo do rio, resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
De acordo com informações do capitão Magno Antonio, comandante da 2ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar [com sede em Neópolis], as diligências começaram a ser realizadas na tarde da terça-feira, 23, depois que a família decidiu prestar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia local, constando o desaparecimento do pescador.
Primeiro foi localizado o barco da vítima atracado no porto de Neópolis, segundo o capitão Magno Antonio. Posteriormente, no povoado Bongue, em Ilha das Flores, os policiais encontraram um barco à deriva e, dentro dele, estava o motor da embarcação que pertence ao pescador assassinado. O motor está custodiado na delegacia local de Ilha das Flores por onde tramitará o inquérito policial.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros fez mergulhos no local e, no fundo do rio, encontrou o corpo do pescador, amarrado com as mãos para trás e com o rosto coberto por um capuz. “Ele trabalhava distribuindo botijão de gás durante o dia e à noite costumava pescar, mas na madrugada ele retornava. Como ele não retornou, a família procurou o destacamento para comunicar o desaparecimento da vítima”, informa o capitão Magno Antonio.
Furtos
De acordo com o capital Magno Antonio, na região tem ocorrido com frequência furtos de motores de barcos de pesca. Acredita-se que o pescador tenha sido executado por ter visto pessoas roubando motores na região, suspeita que será levada em consideração pela polícia civil, que dará prosseguimento às investigações. “Não há fato nenhum que desabone a conduta da vítima”, considera o capitão Magno Antonio. “Era um trabalhador, sem antecedentes criminais, não era usuário de drogas e não tinha inimigos”, comenta o capitão.
Por volta das 4h da madrugada da terça-feira, 23, moradores o povoado Bongue, localidade na qual o corpo foi encontrado, ouviram um único estampido semelhante a um tiro de escopeta. Acredita-se que os criminosos sequestraram a vítima, a amarraram e vendaram os olhos com o capuz e, posteriormente, a assassinaram no leito do rio.
No corpo, os policiais identificaram perfuração na altura do peito provocada por arma de fogo. Suspeita que os criminosos tenham usado uma escopeta para a prática do crime. O corpo do pescador chegou ao Instituto Médico Legal (IML) às 23h55.
Por Cássia Santana da Infonet
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