Alunos protestam pela preservação de manguezal
‘O mangue está morrendo’, a afirmação é dos estudantes do 3° ano do Colégio Estadual José Rollember Leite após pesquisas no mangue da Praia 13 de Julho. Com cartazes e distribuição de panfletos, os estudantes estão protestando por uma resposta dos órgãos ambientais. As pesquisas apontam a presença de uma alta carga orgânica e de coliformes fecais acima do índice considerado normal.
A pesquisa de um mês foi realizada por cerca de 70 estudantes do colégio com o professor de Biologia, Fernando leite. “Os estudantes participaram de uma aula prática de ecologia para entender quais os motivos tem levado a morte do mangue. Constatamos um número anormal de coliformes fecais no rio Sergipe que nos preocupa muito”, alerta o professor.
Os estudantes coletaram a água do rio Sergipe, que foi analisada no Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). Na análise foi contatada a presença de 35 mil coliformes por 100 ml de água, sendo que o normal seria 2.500 por 100 ml. Segundo o professor, uma parte do mangue está morrendo. “As folhas estão amareladas, indicando a presença de bactérias e fungos que podem se espalhar. Precisamos saber se é um agente químico ou biológico que está provocando a morte do mangue”, afirma.
Segundo a estudante do 3° ano do ensino médio, Débora Evelin dos Santos, o mangue é um bioma importante na economia e no turismo. “A gente constatou a poluição do mangue através das coletas e os resultados nos preocupam. A preservação do mangue é importante e precisamos preservar este bem”, diz.
Para o estudante Josevan Firmo, 20 anos, a pesquisa desenvolvida contribuiu para a conscientização ambiental nas escolas. “Uma pesquisa interessante que nos faz refletir sobre o problema do mangue no nosso estado e questionar sobre o que está levando a essa morte”, comenta.
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna da Infonet
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